Soluções avançadas para teste de endotoxinas bacterianas
Sobre Karolina heed
Karolina é funcionária da bioMérieux há 10 anos nos cargos de desenvolvimento de produtos e negócios.
Antes disso, ela trabalhou em marketing após estudar na University of Gothenburg e na Università degli Studi di Firenze.
Hoje, Karolina chefia a unidade de negócio de endotoxinas e tem uma posição privilegiada para discutir a indústria.
Quais desafios estão sendo enfrentados pelos analistas de endotoxinas?
O principal problema é a necessidade de encontrar uma substituição para os reagentes à base de Limulus. Durante décadas, a indústria contou com o uso de células sanguíneas de caranguejos-ferradura, mas existem dois problemas:
Primeiro, as demandas dos laboratórios de testes estavam além do desempenho desses agentes em particular.
Segundo, está ficando cada vez mais difícil adquirir tais reagentes.
O teste com Limulus amebocyte lysate (LAL) é um dos poucos métodos remanescentes que ainda dependem de uma fonte animal.
Os caranguejos-ferradura são classificados como 'vulneráveis' na América do Norte e 'em risco de extinção'na Ásia pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN – então precisamos de um substituto.
Se os reagentes à base de limulus não forem mais viáveis, quais são as alternativas?
Acreditamos que a resposta é a tecnologia de DNA recombinante. Ela está provando ser uma opção segura e acessível, com um desempenho muito bom durante a análise.
Desde os anos 1980, sabemos como o mecanismo molecular das reações naturais de LAL funcionam e como o Fator Zimógeno age como um biossensor natural respondendo às endotoxinas.
Nos últimos anos, o processo de produção melhorou o bastante para o rFC ser produzido em quantidade suficiente para satisfazer as demandas dos modernos laboratórios de teste.
Como a tecnologia de DNA recombinante é usada na análise de endotoxinas e quais são as suas vantagens?
Nos testes de endotoxinas o rFC libera um substrato que produz um sinal de fluorescência quantificável.
Todos os ensaios de rFC disponíveis seguem os métodos de teste de endotoxina bacteriana convencionais (BET - bacterial endotoxin testing) em termos de critérios de aceitação - permitindo que seja possível ter comparabilidade absoluta dos resultados.
Além de eliminar a fonte animal, os testes de rFC são decididamente mais rápidos e fáceis. Eles também fornecem resultados mais robustos, com uma maior consistência entre os lotes e menos resultados inválidos.
Como os orgãos regulatórios responderam a essas mudanças?
Estamos vendo realmente muitas mudanças na regulação no mundo inteiro.
Em setembro de 2018 o FDA aprovou um novo medicamento que usava rFC para liberação do produto. Testes de dois fornecedores diferentes foram comparados aos métodos LAL e validados de acordo com os capítulos <1225> e <85> da USP.
Em dezembro de 2018, a Farmacopeia Europeia publicou um rascunho de capítulo para o rFC e, em fevereiro deste ano, a Farmacopeia Chinesa seguiu o mesmo exemplo.
Em breve a Farmacopeia Americana realizará um workshop que também incluirá alternativas ao LAL!
Onde as empresas podem encontrar um fornecedor confiável de teste de endotoxinas com rFC?
Atualmente, existem dois fornecedores globais de testes rFC: Lonza e bioMérieux.
Hoje oferecemos testes para muitas aplicações, desde testes de água de alto rendimento até análises de amostras em processo para liberação de produtos.
Reconhecemos a grande importância dessa área para apoiar a indústria e estamos ansiosos para ajudá-la a progredir.
Além de eliminar a fonte animal, os testes com rfc são decididamente mais rápidos e fáceis.